quinta-feira, 21 de maio de 2015

A febre do futebol

Dei por mim a pensar nos últimos acontecimentos da final da taça da liga. E como o futebol tem a capacidade de fazer renascer no ser humano o seu lado mais selvagem, primitivo e violento. O futebol, um desporto hipervalorizado na nossa sociedade, capaz de agregar milhões de adeptos em todo o mundo e que movimenta montantes exorbitantes. Onde os melhores jogadores ganham salários milionários, podendo usufruir de uma vida de ostentação e riqueza graças a todos nós. Os adeptos vivem tão intensamente a magia do futebol a ponto de uma derrota ou até mesmo uma vitória tornar-se um motivo plausível para a agressão e violência. Eu diria que o futebol é o ópio do povo. Quando se aproxima um jogo importante, a maioria fica em euforia, organiza o mais possível as suas tarefas diárias para que posso ver o jogo com a família ou com os amigos no café. Ou então ficam colados ao rádio para poderem acompanhar todos os pormenores do jogo que está a decorrer. Acabam por esquecer os problemas que o país atravessa, todas as amarguras da vida e dificuldades para mergulharem nesta ilusão desportiva que é o futebol. E esquecem-se que à custa deles uma indústria bem organizada e muito bem montada se alimenta e próspera. Onde os meios de comunicação tiram o seu ganha-pão diário, porque o futebol aumenta imenso as audiências, por isso dão tamanho relevo e importância ao futebol. Enquanto outras modalidades desportivas de grande beleza e exigência física são desprezadas. E têm muita dificuldade em encontrar patrocínios. No meu ponto de vista não se é menos português nem se tem menos amor à pátria, porque alguns, assim como eu, não vivem o futebol com tamanha intensidade, quase de uma forma febril. Eu tenho as minhas preferências desportivas e gosto de ver a selecção a jogar, mas tento viver essas emoções de uma forma equilibrada e um pouco distante. Confesso-vos que nunca fui a nenhum estádio de futebol ver um jogo ao vivo, porque tenho receio dessa violência crescente nos jogos. E, infelizmente acho mesmo que os pais não devem levar os filhos a ver os jogos de futebol pelo perigo físico e psicológico que pode representar. Num mundo perfeito, todos os desportos teriam um impacto positivo e extremamente saudável na vida de todos nós, mas pelos vistos estamos longe de atingir essa maturidade e sabedoria, apesar de todos os progressos científicos e tecnológicos continuamos a ser dominados pelos nossos instintos mais primitivos e selvagens.

4 comentários:

  1. Boa noite, tudo bem? Nunca liguei muito a futebol....do futebol acho o seguinte: andas pessoas sempre a reclamar dos impostos, disto e daquilo, mas para darem euros ao futebol, e aos futebolistas, têm sempre dinheiro. São os lugares cativos, jogos que vão ver ao estrangeiro e tudo o mais...uma pessoa tem de se divertir mas acho que é dinheiro desnecessário que se dá ao futebol..
    s

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  2. Há gostos para tudo.

    desde que haja respeito para mim está tudo bem.

    Beijinhos

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    1. Olá, agradeço os comentários do O recomeço e da Pérola. Felizmente, ambos não são fanáticos pelo futebol. E vivem-no de uma forma calma e civilizada. Onde o respeito é sem dúvida o mais importante. beijinhos

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