segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Os incêndios em Portugal

Boa noite, meus queridos seguidores tenho andado bastante ocupada e com pouco tempo para escrever. Mas quero deixar a minha opinião quanto aos últimos acontecimentos em Portugal. Um destaque para os incêndios que consumiram muitos hectares de mata virgem e de zonas povoadas. Muita gente perdeu as suas casas, os seus pertences a até as suas vidas. A mão da lei deve ser pesada na hora de punir os incendiários. A limpeza dos montes e das matas deve ser obrigatória e fiscalizada. E as coimas bem mais pesadas para punir os infratores. O meu agradecimento aos bombeiros portugueses que foram incansáveis na luta contra os incêndios em várias zonas de Portugal. Os meios foram poucos para acudir a toda a população, mas eles deram sempre o seu melhor. A população também foi bastante unida e lutaram bravamente contra as chamas que rodeavam as suas casas e ameaçavam os seus pertences. Foi uma época devastadora e de bastante sofrimento para as populações atingidas. Só espero que esta calamidade sirva para tomarem medidas preventivas para que nos próximos anos estes incêndios sejam reduzidos ao máximo.
Um abraço a todos.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

O cão abandonado

- Mas que bela spaghetti com almôndegas! Estou com estômago colado às costas! Resmunga o rafeiro com o nariz colado ao vidro do restaurante italiano. Há dias que o cão errante não se alimenta. Bebe em poças de água e suspira por dias melhores. A sua barriga ronca de fome e já não tem mais energia para continuar. O rafeiro contorna o restaurante em busca da porta das traseiras onde fica a cozinha. Quando lá chega, fica sentado em frente à porta. O cheirinho a comida é de lamber os beiços e o cão está atento a qualquer movimento. Até que a porta se abre e na soleira da porta aparece o cozinheiro, um homem dos seus quarenta anos, bastante obeso e com ar de poucos amigos. Carrega um grande saco do lixo para colocar no contentor. Ao deparar-se com o animal maltratado, com um ar assustado e faminto diz o cozinheiro :- Sai da frente, pulguento! Ou queres levar com a vassoura! O animal foge assustado. No ar rompe um forte e assustador trovão. O rafeiro cabisbaixo continua o seu caminho e as lágrimas caem-lhe dos olhinhos tristes. Ao mesmo tempo que a chuva começa a cair torrencialmente, ele desespera-se e desaba no chão sem forças para continuar. O final está perto, encharcado, esfomeado, no limiar das forças ele sente que a vida se esvai num ápice. Não tem mais esperança e nada mais o prende à vida. Fica inerte, à chuva e acaba por perder os sentidos.
Finalmente, passado vários dias, o cão abre os olhos, mas fecha-os imediatamente, porque um raio de luz lhe fere os olhos impedindo-o de enxergar. Eu morri, devo estar no Céu dos cães! Diz o rafeiro conformado. Quando se habitua à forte luz, abre novamente os olhinhos e vê uma linda menina, loira de olhos azuis que o observa sorridente. Mas que bonito anjinho veio receber-me! Afirma o cão estupefacto - Mãe, ele abriu os olhos! diz a linda criança com o cabelo encaracolado que corre esfuziante para os braços da mãe. A mulher aproxima-se do pobre animal, com os olhos cheios de ternura e uma voz doce exclama:- Bem-vindo à vida, querido. 
O nosso amigo foi recolhido pela bondosa veterinária da cidade que passou, por sorte na rua onde o cão estava desmaiado. Com pena do animal levou-o para casa e tratou dele. O animal passou vários dias a lutar pela vida. Felizmente, a febre cedeu e o cão foi salvo. Depois de algumas semanas a alimentar-se bem e a usufruir dos carinhos e mimos da abençoada família que o acolheu, o cão engordou e o pelo ficou super brilhante. Mas era o brilho no seu olhar que espelhava toda a felicidade que tomou conta do animal. Já não restava vestígios daquele cão errante, esfomeado e sem esperança que vivia ao abandono pelas ruas da cidade. O amor é capaz de operar verdadeiros milagres!

Quantos animais podiam ser salvos das ruas se almas bondosas e generosas fossem capazes de gestos semelhantes!?? Muitos por certo... aconselho a reflexão. Nunca é tarde para fazer a diferença. 

terça-feira, 24 de maio de 2016

Eu quero orgulhar-me do meu País!

A população portuguesa está bastante envelhecida, onde nascem cada dia menos crianças. Os pais optam por ter um filho, no máximo dois e cada vez mais tarde. Isso deve-se a muitos fatores: entre eles o desemprego ou os empregos precários e mal pagos. Os horários de trabalho para muitos são longos e extenuantes, muitas vezes por turnos e rotativos que dificultam o acompanhamento da vida escolar e familiar dos seus filhos. O fato dos pais não poderem dar o básico para uma criança crescer saudável e feliz. Vivemos num país que não valoriza o conceito família e que ainda por cima marginaliza ou excluiu aqueles que sofrem de várias deficiências ou limitações. Todos somos seres humanos e merecemos ter uma vida digna, produtiva e feliz. Então as pessoas idosas são tratadas com total indiferença e descaso pela sociedade e pelas políticas deste país cada dia mais castradoras da dignidade humana. Um reformado que trabalhou uma vida inteira pode ganhar menos de duzentos euros por mês. E muitos deles gastam este dinheiro nas farmácias. Como vão pagar a renda, água, luz, comida, vestir-se, calçar-se e cuidar da sua saúde com esta miséria de reforma!?? Como pode uma nação permitir que estas injustiças aconteçam? Chegar ao ponto crítico e humilhante destes idosos morrerem de fome, frio ou por falta de medicação e de cuidados de saúde! Enquanto os ditos "espertos" conseguem sempre as melhores colocações e cargos em empresas conceituadas, porque têm boas "cunhas", ou seja são amigos ou familiares de pessoas influentes. E usufruem de um estilo de vida bem acima das suas capacidades monetárias, intelectuais e académicas. É urgente mudar as políticas deste país! Dar valor a quem merece e proteger a população mais pobre e envelhecida. Auxiliar as pessoas que precisam de cuidados especiais, criar postos de trabalho dignos e permanentes às famílias portuguesas, apoiando e incentivando a natalidade. Como querem que a economia cresça num país onde o desemprego é alarmante e onde não há perspetivas de um futuro melhor para a população? E a única solução ainda é emigrar! Não preciso ter grandes conhecimentos de economia para perceber que num país onde as pessoas não têm poder de compra, porque estão sem emprego levam as empresas às falências e aos despedimentos coletivos. Está na hora da viragem, Srs. políticos. Eu quero orgulhar-me do meu País!

terça-feira, 17 de maio de 2016

Eu também sofri bullying


No meu tempo de escola não se falava no termo bullying, mas ele já existia na sociedade e nas escolas principalmente. Eu própria sofri bastante bullying dos meus colegas. Era uma menina tímida, insegura, reservada, com problemas de visão e de fala. Quando entrei para a primeira classe não conseguia ver os números escritos no quadro de lousa. A minha professora apercebeu-se que o problema era da visão. Resultado, a professora falou com a minha mãe sobre as suas suspeitas e um dia apareci à escola com um óculos muito grossos, em que as lentes pareciam vidros de garrafa. Tinha uma miopia bastante elevada para a minha tenra idade. Lembro-me que para subir os degraus das escadas da escola tinha que me agarrar ao muro, tal era o efeito da graduação. No meu primeiro dia em que usei óculos entrei confiante na minha sala de aulas. Conhecia bem os meus colegas da minha classe, por isso não vi qualquer motivo para me preocupar. Mas ao contrário do que eu pensei fui tratada com crueldade pelos colegas e amigos da sala. Que riam compulsivamente e teciam comentários cruéis e maldosos sobre a minha pessoa. Mesmo com a reprovação da professora, os risos e caretas dissimulados continuavam. Na hora do recreio a reação foi muito pior, os alunos das outras turmas gozavam-me, empurravam-me e chamavam-me "caixa de óculos", "vidrinhos" ou "és mesmo feia!" Foi um dia muito complicado para mim. Quando cheguei a casa, banhada em lágrimas disse aos meus pais que não queria ir mais para a escola. Os meus pais convenceram-me que no outro dia seria bem melhor, mas nunca foi... Com o tempo, vamos criando uma capa de aparente indiferença que atenua um pouco o sofrimento. Como se os insultos, as ofensas e os risos maléficos não me pudessem atingir, porque simplesmente os ignorava ou fingia que não ouvia. Muitos outros episódios de bullying aconteceram comigo durante o meu trajecto académico. Mesmo no preparatório, era a vítima perfeita para alguns adolescentes problemáticos descarregarem a sua agressividade.  Hoje em dia, consigo analisar com clareza que muitos desses adolescentes que me batiam e ofendiam sem motivo aparente, eram provenientes de lares desequilibrados ou destruídos. A minha forma educada, reservada de ser em conjunto com os meus problemas visuais e linguísticos irritava-os profundamente. Como se eu estivesse a pedi-las, como eles mesmo diziam.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Como encontrar emprego aos quarenta anos

Caros patrões do Norte, porque não apostar numa Mulher como eu, inteligente, comunicativa, bem disposta, entre muitas outras qualidades, para ser vossa empregada!? Tenho quarenta e duas primaveras, mas ainda estou no auge da minha juventude tanto física como mental. Gosto muito da área comercial. Tenho alguma experiência no ramo. Adoro conversar com gente nova. Sou boa ouvinte e ainda por cima tenho uma memória de elefante. eh eh eh! Estou sempre com um sorriso nos lábios e disponível para ajudar os outros. Tenho um gosto bastante sofisticado e um sentido estético muito apurado. Depois da exaustiva lista de qualidades, só dignas de uma Anja. Quero dizer-vos que deviam apostar em pessoas como eu, aptas, competentes, criativas e dinâmicas. O 40 é apenas um número, não é nenhum drama ter quarenta anos! É um marco, uma conquista e as experiências de vida acumuladas são uma mais valia na vida profissional. É preciso mudar mentalidades, remar contra a maré e acreditar que vamos vencer a crise juntos! Os jovens também precisam de oportunidades e devem ser dadas. Mas não olhem para a nossa geração como "coitadinhos", porque ainda temos uma palavra a dizer! Rejeitam, milhares de vezes os nossos currículos por causa da nossa idade. Mas, esquecem-se das qualidades e competências que nós podemos oferecer às vossas empresas e que estão a desperdiçar. Além de negligenciarem os benefícios que a Segurança Social oferece a quem contrata pessoas da minha classe etária. Caros empregadores sejam inovadores, modernos, inteligentes e combatam a discriminação etária! Contratem os quarentões, os cinquentões e até os sexagenários! Entrevistem as pessoas e dêem-lhes a oportunidade de mostrar as suas capacidades. Aposto que vão ficar surpreendidos pela positiva!

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Sociedade Hipócrita!

Gosto de tudo que é simples, comida, pessoas, ambientes desde que sejam simples, mas com bom gosto têm a minha aprovação. Não gosto de lidar com pessoas complicadas, melindrosas e de difícil trato. Ou gente egocêntrica, egoísta, gananciosa, má ou mesquinha. Gosto de pessoas simples, sinceras, genuínas, bem dispostas e acima de tudo positivas. Tudo o que é artificial faz-me imensa confusão! Gosto de olhar nos olhos da pessoa e encontrar sinceridade. Não gosto de pessoas que baixam os olhos para conversar comigo e que não são capazes de olhar-me fixamente durante 5 segundos. Não suporto pessoas que se fazem de amigas, com falinhas mansas e mal viram costas vão dizer mal de nós. Consigo perceber à distância quem elas são. O esforço que fazem para parecerem sinceras e amigas, quando não podem connosco nem um pouquinho. Sinto uma espécie de "nojo" dessa malta traiçoeira. E faço de tudo para evitar estar perto de gente assim. Ninguém é obrigado a gostar de A ou B, simplesmente podemos nos afastar e seguir com a nossa vida. Agora a hipocrisia desta sociedade, dita civilizada é algo que deixa-me profundamente irritada!

terça-feira, 19 de abril de 2016

Entre os felinos




Na minha casa sempre tive gatos. Ainda mal dava os primeiros passos e já tinha como melhor amiga uma gata parda chamada tareca. Hoje em dia a família felina aumentou consideravelmente. Tenho uma gata siamesa, a farrusca que se enamorou pelo meu gato chocolate e tiveram gatinhos. Fiquei com o rubi, filho de ambos, depois chegou o kiko que caiu da chaminé direitinho para os meus braços maternais. Afinal mãe de gato também é mãe. Depois acabei por ficar com a mãe do kiko, a irís que foi abandonada pela vizinha maléfica e com ela vieram os dois irmãos do kiko, o pirata e a charlotte. E para completar esta grande família acabei por aceitar o namorado da mãe do kiko, o black. Contabilizando, tenho 7 gatos para sustentar, acarinhar e tratar. São muitas as despesas que tenho com todos estes animais. O veterinário só vou em último caso, porque estou desempregada e as contas são exorbitantes. Mas nunca lhe faltarão amor e muita dedicação. Faço tudo o que posso para que tenham uma vida feliz.

Se gostam de animais como eu coloquem aqui a foto dos vossos gatos e cães. E digam como se chamam e que idade têm. Obrigado.