quinta-feira, 14 de maio de 2015

Uma cidade mágica, o Porto

Ontem estive com a minha mãe no Hospital de S. António, numa consulta que, felizmente correu bem e na qual foi rapidamente atendida pelo seu médico. Lembrei-me de levar a máquina fotográfica para registar o caminho de regresso. Seguimos sempre a pé do hospital até a praça da batalha como é nosso hábito. O dia estava fantástico, cheio de sol e com uma temperatura a rondar os 30 graus. Além de registrar as imagens dos locais mais atractivos, tive a oportunidade de visitar o comércio local e os vendedores de rua. Encontrei malas, pulseiras, colares e relógios artesanais, lindíssimos onde o material mais utilizado era a pele, o metal e a cortiça. Não pensei que as peças ficariam tão bonitas, leves e elegantes. A cortiça é realmente um material natural muito versátil. Gosto muito de trabalhos manuais, por isso peças artesanais para mim têm um enorme valor. Depois entrei numa loja de antiguidades, onde é possível encontrar de tudo, loiças, quadros, pratos decorativos, bijutaria, peças de prata, cristais e mais uma centena de coisas usadas ou não. Fui à procura de anjos e fadas, porque sou fascinada pela misticidade e magia desses seres sobre naturais. Não tive grande sucesso, mas encantei-me por uma linda bruxinha, com rosto de criança e cabelo ruivo que estava esquecida numa das prateleiras de vidro. O vendedor achou imensa piada por ter comprado antes uma bruxa. Mas a verdade é que esta, não é uma bruxa qualquer! É muito especial, porque tem um ar de menina travessa, muito bem disposta e alegre. Dizem que dá sorte ter em casa uma bruxa, a ver vamos! Ao chegar à rua Santa Catarina fui surpreendida pela lindíssima voz de um jovem rapaz que acompanhado da sua viola encantava todos que por lá passavam. Eu, pessoalmente fiquei maravilhada com o seu talento vocal. Este artista anónimo devia estar na televisão para que todos pudessem apreciar a sua linda, rouca e marcante voz. O sol quando nasce não é para todos, ao contrário do que dizem. Mas como sou ótimista por natureza quero acreditar que todos aqueles que têm um verdadeiro talento, um dia serão reconhecidos. Depois fui até à Capela das almas, onde fomos abordadas por um suposto músico que pedia algum dinheiro para as cordas da sua viola que estavam traçadas. Achei engraçada a abordagem, Trazia consigo 3 cães que dormiam refastelados na calçada. Estavam bem tratados e o senhor tinha bons modos, por isso acabou por ganhar as últimas moedas que tínhamos na carteira. Depois de trocarmos algumas breves palavras e sorrisos seguimos em frente. Qual não foi o nosso espanto quando mais um animador de rua, um palhaço, muito mal encarado veio tirar satisfações connosco, porque ajudamos o colega. Em vez de animar as ruas do Porto e as crianças inocentes devia estar a participar em filmes de terror! Com uma cara de escárnio e imitando uma voz infantil disse-nos: - Eu também tenho cãozinhos, não me querem ajudar? Foi bastante desagradável e antipático, por isso seguimos em frente com a desculpa, fica para a próxima. Depois desse episódio menos agradável e porque estávamos já muito cansadas, decidimos regressar a casa. Mas foi um dia muito bem passado no Porto. Umas das cidades mais bonitas de Portugal, de gente alegre e acolhedora. Com uma grandiosidade arquitetonica, histórica e cultural admirável. O Porto com tantos encantos só podia mesmo ser património da humanidade!















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