terça-feira, 5 de maio de 2015

Um dia inesquecível





Houve uma fase na minha vida, bastante dinâmica e activa, onde pratiquei atletismo com uma atleta da minha localidade que participava em competições nacionais. Estava na fase da adolescência e gostava imenso de correr. Sempre fui uma apaixonada por desporto, natureza e acreditem que corria muito bem. Era bastante magra, leve e com uma energia imensa. Não parava quieta. Nos intervalos das aulas brincava bastante à "apanhada", uma brincadeira que exigia uma boa preparação física. Quando não tinhas aulas, às vezes uma hora ou duas seguidas, passava-as a correr sempre em brincadeira com os colegas. Fora as aulas de exercício físico, na escola, duas vezes por semana. Para mim correr era algo muito natural como andar. Lembro-me que ao final da tarde tinha aulas de atletismo à volta do pavilhão de ginástica da escola, onde eu estudava e também era habitual correr nas ruas da minha localidade. Éramos meia dúzia de jovens, corríamos em grupo e era sempre muito divertido. Tínhamos conversas próprias da idade, falávamos dos rapazes, óbvio, das aulas, dos testes e dos professores. No final de uma tarde de Verão, numa aula de atletismo recordo-me que resolvemos correr pela rua uma distância aproximadamente de uns dez kilometros. A meio do percurso, já estávamos cansados e esgotados. Naquele dia estava especialmente quente e abafado. Até que eu tive a brilhante ideia de fazermos o restante percurso pelo monte. Afinal era mais fresquinho e mais sossegado. Sem a confusão dos carros e do transito. Todos do grupo acharam uma excelente ideia. E lá fomos nós, a desbravar a mata, com as pernas cheia de espinhos das silvas e humedecidas pelas vegetação. Mas até estava a correr tudo muito bem. A sombra das árvores ajudou-nos a recuperar do calor e do esforço, por isso o grupo estava contente e bastante animado. Até que comecei a sentir um ardor nas pernas, misturado com uma comichão desesperadora. Fui obrigada a parar de correr e a coçar-me tal era o desespero e a dormência que sentia. De repente, estava o grupo inteiro a coçar-se sem ninguém conseguir mais correr. E todos perguntavam entre si o que era aquilo!?? Até que um disse: - Fogo, isto são urtigas! Olhou para mim, o colega e disse-me:- Obrigado pela excelente ideia de vir correr no monte, amiga! Ao lembrar-me, disso, hoje, não consigo não achar graça! Tal foi a confusão naquele dia por causa das urtigas. Fizemos o regresso em passo de caminhada e a coçarmos as pernas. Já ninguém mais correu! A professora estranhou aquela demora, porque chegamos mais tarde do que era habitual. A partir daí nunca mais fomos correr no meio do monte e já ninguém mais quis ouvir as minhas ideias. Pudera.... eheheheh!

2 comentários:

  1. Boa noite menina. E assim, ficamos a saber algo sobre a tua juventude. Eu de correr, não gosto, mas andar em modo caminhada, isso gosto. Sempre podes ir correr para a avenida da conduta. beijos e uma boa noite. Bem dispsta? Beijos e um abraço

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  2. Boa noite menina. E assim, ficamos a saber algo sobre a tua juventude. Eu de correr, não gosto, mas andar em modo caminhada, isso gosto. Sempre podes ir correr para a avenida da conduta. beijos e uma boa noite. Bem dispsta? Beijos e um abraço

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