sexta-feira, 19 de junho de 2015

A festa mais divertida do norte, o S.João



O tripeiro comum vive a noite de S.João com muita intensidade e alegria. Depois de jantar umas deliciosas carnes grelhadas e umas belas sardinhas regadas com uns copos de vinho ou cerveja, o típico tripeiro fica com energia extra para participar na noitada de S.João com os amigos ou familiares. Todos munidos dos seus martelos, alho porro, apitos e todas as brincadeiras possíveis, rumam juntos e alegres para a cidade invicta do Porto! As conversas de grupo costumam ser animadas e todos acabam na galhofa. Outros levam os seus carros e a confusão no trânsito instala-se, então para se encontrar um lugar para estacionar o carro pode ser uma carga de trabalhos! Os mais sensatos vão de autocarro e como vão mais cedo jantam por lá. Como a confusão é geral e os preços são bastante salgados, muitos acabam a comer um cachorro, uma bifana ou um hamburger nas roulotes que por lá abundam nestes dias. Temos bailes espalhados por várias zonas do Porto e grandes espectáculos com artistas famosos na praça da liberdade e na Ribeira. Todos dançam, cantam e correm as ruas centrais do Porto com os martelos em punho à procura das "vítimas" perfeitas ou seja daqueles mais distraídos que se colocam mesmo à feição para levar umas boas marteladas. Todos participam com gosto e boa disposição nessa brincadeira dos martelinhos que atrai cada vez mais estrangeiros e pessoas de todas as cidades do país e ilhas. O som das marteladas, os sorrisos abertos, o espírito de amizade e cumplicidade dos seus participantes fazem desta festa algo único e especial. Sem dúvida uma noite inesquecível, onde a moldura humana é algo surpreendente e avassalador. Nas Fontainhas como na Foz é praticamente impossível fazer esse trajecto a pé no meio de tanta gente. O culminar da folia vem por volta de meia noite com os fogos de artifícios que vistos da ponte D. Luís é um espectáculo imperdível. Mas a festa não acaba por aí, muitos resistentes ficam até o dia clarear. Uns já beberam demais e ficam espalhados, adormecidos nos jardins e bancos da cidade. Outros dançam quase em câmara lenta, porque o cansaço e o sono começa a pesar bastante. E também o som das marteladas vai diminuíndo de volume conforme as horas passam. Há quem faça directas, festa/trabalho, outros ficam de tal maneira exaustos que simplesmente ficam em casa a recuperar. Seja como for, nesse dia todos se tentam divertir o melhor possível e muitos levam para casa o manjerico com uma quadra alusiva ao nosso Santo padroeiro, o S.João.



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