sexta-feira, 31 de julho de 2015

Jamais te esquecerei



Hoje venho falar-vos da pessoa mais bondosa, doce e amiga que eu já conheci na vida, o meu avô Américo. Mal comecei a dar os meus primeiros passos, o meu avô levava-me pela mão a passear e a mostrar-me o mundo. Foi com ele que eu conheci e aprendi as primeiras coisas da vida, as pessoas, os locais, as primeiras palavras e as festas na minha terra. Não precisava pedir nada ao meu avó, bastava dizer:- Que, lindo, avô! Que ele prontamente ia buscar tudo para mim sem eu nada lhe pedir. Sempre com um sorriso nos lábios, uma paciência admirável para satisfazer os meus caprichos e responder a todas as minhas perguntas de menina curiosa. No cima da igreja, vejo ao fundo algo que rodopiava ao sabor do vento e digo espantada:- Avó que lindo, o que é? Diz ele:- São vira ventos! Qual gostas mais? Eu prontamente respondi: - Avó, gosto do azul, é tão giro! Ele dirigiu-se ao feirante e comprou-me o vira vento azul, o meu preferido. Eu não cabia em mim de contente! Fiquei completamente enfeitiçada a olhar para o vira vento a rodopiar frenéticamente na minha mão. O meu avô era um senhor idoso que vivia com uma pequena reforma, mas naquela idade tão tenra dos meus 5/6anos não sabia dessas coisas práticas da vida. E agora que sou uma adulta, percebo com que esforço o meu avô comprava os meus presentes, só para me ver feliz e sorridente. Por isso ele é e sempre será a pessoa mais maravilhosa e bondosa que eu já conheci na vida. Obrigado por tudo, meu querido avô. Amo-te muito!

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